quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

COISAS TUCUJUS

blogandofrancamente.blogspot.com

Ontem, sentindo-me muito honrado, fui convidado para abrilhantar mais uma edição do prêmio "Tucuju de Ouro", porém como infelizmente todo evento acaba tendo falhas, micos e/ou gafes, ontem não foi diferente.

O evento iniciou com um atraso tremendo; a "dupla" que apresentou os agraciados, na verdade, era uma "euquipe", ou seja, praticamente só o homem falava; em vez de utilizarem o microfone do centro do palco para os agraciados agradecerem a homenagem, deixavam-nos apertados junto ao microfone do púlpito.

Porém, acho que o maior furo de todos, foi a irritante e energúmena presença daquela "caricatura de programa", cuja alcunha é "O Troco". Ninguém merece tamanha falta de postura, respeito, criatividade e seriedade!

Realmente é uma vergonha para nossos estudantes, que tiveram um dos integrantes daquela "coisa", como um dos seus representantes em tempos idos (graças a Deus!). Realmente espero que a TV Tucuju repense sua linha de trabalho, pois até agora, com a apresentação daquele rídiculo programa, está prestando um desserviço à população amapaense, e uma severa agressão a inteligência nortista!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

MADRUGADA COM DESTRUIÇÃO CULTURAL

inflorescencias.blogspot.com

Ontem, sofrendo com uma ligeira insônia, comecei a efetuar aquela clássica troca de canais de televisão, para ver se conseguia dormir. Para minha triste surpresa acabei abrindo a TV Tucuju, que estava transmitindo uma verdadeira vergonha para a cultura amapaense, o insipiente e inclassificável programa - se é que aquilo pode ser chamado de programa - "O Troco".

Não consegui ficar no canal nem por alguns minutos. Meu cérebro não suportou tamanho desserviço a inteligência e a cultura. Não consigo entender como uma emissora permite tamanha atrocidade com a cultura amapaense!

Já tive a infelicidade de assistir várias "pérolas" que são exibidas durante as diversas programações das emissoras brasileiras, mas, sem sombra de dúvida, essa coisa que se intitula de programa, "O Troco", foi a pior de todas elas.

Coitadas das pessoas que sofrem de insônia e que se arriscam a assistir tamanha ignorância. Ainda bem que já providenciei outros meios de alcançar meu precioso sono!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

AMAPÁ À VENDA MAIS UMA VEZ!

www.uem.com.br

Depois de tantos anos de exploração irracional e imoral (leia-se ICOMI e Novo Astro), os gestores do Amapá ainda não aprenderam a lição. Agora a bola da vez é a MMX com a conversa mole da exploração de ferro (hehehe!). Até parece que, a exemplo de sua antecessora ICOMI, não irá explorar vários outros minérios de forma dissimulada.

Em recente viagem aos municípios de Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari, assustei-me com a quantidade de trabalhadores e empresas terceirizadas trabalhando para a empresa maior, mas o maior espanto ficou por conta do aparato de segurança que envolve a área de exploração da empresa, mas parece um forte do que uma empresa de exploração mineral.

Mais uma vez seremos roubados descaradamente, mas como disse um amigo (Charles) em recente conversa em mesa de bar: "Hoje se desmata com a consciência ambiental! Mas será?!"


quarta-feira, 3 de outubro de 2007

NA FALTA DE HERDEIROS ...........

http://www.alibabagrill.com/

Já é público e notório que todo político, em cargo executivo, no segundo mandato, nada mais faz senão "poupar" em seu caixa pessoal para outras futuras campanhas ou simplesmente uma gorda aposentadoria.

Uns, por possuírem "herdeiros" que poderão assumir seus lugares, não secam totalmente os cofres públicos, a fim de que seus herdeiros possam pegar a casa com algum estoque, porém aqueles que não vislubram essa possibilidade de herança, simplesmente esvaziam todo o cofre, para que aquele que venha assumir, nada mais encontre a não ser dívidas e mais dívidas.

Nosso Estado já teve os dois tipos de governantes ( com e sem herdeiros políticos). Nesse particular, temos que ficar atentos para governos que não possuem herdeiros - entenda-se aqui herdeiros aptos, a curto prazo, para assumirem o poder.

Nessa assertiva não é de se admirar os corriqueiros desmandos com o dinheiro público amapaense. Na falta de herdeiros, a família usufrui o legado. Valha-nos Ali Babá!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Previsões Tenebrosas


www.anovademocracia.com.br

Ao acessar o site da Câmara dos Dirigentes Logistas de Goiânia, fiquei estupefado com uma notícia sobre segurança pública, que agora passo a transcrever na íntegra:
"Guarda Municipal poderá ter poder de polícia
Com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 534/02), na Comissão Especial das Guardas Municipais, as Guardas Municipais estão a um passo de ter poder de polícia. Representantes da Guarda Municipal de Goiânia e todo o País assistiram à sessão de votação, realizada ontem, no Senado Federal, em Brasília. A proposta segue agora para o Plenário da Câmara dos Deputados, onde será apreciada em dois turnos de votação. Favorável à medida, o diretor da Guarda Municipal, Cel. PM Gercy Joaquim Camêlo, afirma que será grande a contribuição da guarda ao Sistema Nacional de Segurança no combate à violência."

Se não fosse caótico, seria hilário. Talvez, em alguns Estados, as guardas municipais realmente estejam preparadas ou se preparando para tal, mas com certeza, em outros, como no Amapá, isso está longe de ser uma realidade.
A guarda municipal de Macapá, através de alguns de seus agentes, vem costumeiramente infringindo as leis que garantem direitos aos cidadãos. Em recente sessão da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá, cujo presidente é o Deputado Camilo Capiberibe, foi ouvido o Comandante da Guarda Municipal de Macapá, Senhor Fernando Lourenço da Silva Neto, sobre denúncia feita por estudantes da capital mostrando o despreparo e a truculência dos agentes da guarda em recente episódio ocorrido durante uma manifestação feita pelos alunos. Na citada sessão, foram apresentadas fotos mostrando a violência usada pelos guardas para tentar conter a manifestação. Nas fotos também percebe-se, de forma clara, um dos guardas portando uma arma de fogo - o que é proibido por lei (ainda bem!).
Agora, com essa cômica notícia de que esse tipo de pseudo-policial poderá realmente ter poder de policia, começo a me sentir amedrontado. Será que o Brasil nunca vai entender que somente a quantidade não resolve problema algum? Temos que nos preocupar é com a qualidade, isso sim pode resultar em algo de valor e utilidade para nossa sociedade!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

DESMANDOS COM O DINHEIRO PÚBLICO NO AMAPÁ

www.unesco.org.uy/.../Pagina1/alimentos.gif

Segundo denúncia pública, realizada pelo Deputado Estadual Camilo Capiberibe, hoje pela manhã, no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá, a Secretaria de Estado da Educação vem comprando alimentos, para a merenda escolar, com preços superfaturados. Ainda Segundo o parlamentar, a citada secretaria vem também comentendo o absurdo de mudar o hábito alimentar de comunidades indígenas, onde segundo o mesmo, são servidos alimentos como: almôndegas e sardinhas em conserva. Em pesquisa in loco, em supermercados da capital, o parlamentar descobriu também que vários dos produtos constantes da lista de alimentos da merenda escolar, não existem, ou seja, a secretaria estaria adquirindo os mesmos fora do Estado, não permitindo a circulação do dinheiro público no próprio Estado. O hilário é que as provas do superfaturamento estão abertas para todos, basta acessar o site das contas do Governo Estadual.
E AINDA TEM GENTE QUE JURA QUE O GOVERNADOR NADA SABIA SOBRE O CASO! NOOOSSSAAA!!!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

UM SORRISO PARA A INCONSTÂNCIA POLÍTICA

Saudades ficarão da brilhante gerência da professora Lindomar Pereira Cunha a frente do Abrigo São José. Sua eficiência, competência, capacidade e moral deram luz e brilho a uma casa que estava apagada e atolada em problemas.
Sua saída, de forma abrupta e sem justificativa plausível, apenas confirmou mais uma vez que os gestores públicos sempre a chamam para "corrigir" os desastres feitos por outras pessoas, e depois, de forma insipiente, a descartam como uma espécie de "tapa-buracos".
Este também professor espera, que desta vez, esta magnífica mestra não permita mais ser usada por essa política inconsistente e volúvel, que não respeita e nem reconhece verdadeiros trabalhos em prol da sociedade; ao contrário, aplaude aqueles que se locupletam com carguinhos comissionados, lambendo botas em busca das migalhas jogadas.
Com sua saída, cara professora, perdem os idosos, perde a sociedade em geral e perde novamente o poder público!
Do fundo de meu coração, minha professora, desejo-lhe todo o sucesso do mundo nas próximas caminhadas!

terça-feira, 3 de julho de 2007

O CAOS NOSSO DE CADA DIA

www-luan.unice.fr/caos/caos-logo.png
Com todo o respeito que tenho pela religião católica, permito-me ousar em sugerir que nossos padres comecem a ensinar o início de uma nova oração “O Caos Nosso”, devendo assim ser pronunciada:

Dinheiro nosso que está sendo roubado,
Modificado seja vosso uso,
Venha a nós, e não aos cofres públicos,
Onde será sempre manchado,
Pelas obscenidades praticadas.

O caos nosso de cada dia, minimize hoje.
Perdoai a nossa burrice,
Assim como nós perdoamos a quem nos tem roubado!

Não nos deixei esquecer as falcatruas,
E livrai-nos dos descendentes dos corruptos. Amém!

A sugestão acima, longe de sacanear a religião já citada, nem tampouco brincar com o nome do criador, visa tão somente demonstrar a que ponto os cidadãos brasileiros chegaram: violência descontrolada, corrupção sem precedentes, desrespeito total com a dignidade humana (vide saúde, segurança, educação e transporte).
Ultimamente, o problema – que sabemos que não tem só uma causa – que mais está fazendo a população sofrer, é o “samba de crioulo doido” que se tornou o transporte aéreo. Empresas gananciosas vendendo mais passagens do que devem, controladores de vôo que somente agora estão percebendo o quanto são essenciais, gestores do setor que muito falam e nada fazem de concreto para resolver a crise, políticos atolados até o pescoço em denúncias de desvio de dinheiro público que poderia estar sendo usado para sanear o problema, e finalmente a população atônita e indignada com o tratamento que vem recebendo dos outros atores do problema.
Mais caótico do que isso é perceber que esse problema, na verdade, é um dos menores que enfrentamos, pois se pensarmos na miséria dos brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza; se pensarmos que só a classe média alta e a rica é que usam com freqüência o transporte aéreo, ficando os pobres a amargar as péssimas condições das estradas do país, além da violência que se multiplica nas mesmas; é que vamos entender que aqueles que mais precisam, nem são lembrados pela mídia paga. E, diga-se de passagem, com nosso próprio dinheiro.
Lembro-me de um artigo que escrevi, onde mostrava a caótica situação das pessoas que procuravam atendimento médico em Macapá, escrevendo o que um pai já havia dito: “Em Macapá só existem três médicos: Dr. GOL, Dr. TAM e Drª. TAF”. Porém, analisando o atual problema que a Nação atravessa, penso que até sem esses três ficamos. Valha-nos quem?
O jeito é rezar!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

AS DUAS FACES DA MOEDA

interhotel.com/intl/pt/mapas/french_guiana.gif

A “guerra” travada entre os Estados do Pará e Amapá e as Guianas já é de conhecimento público e notório. De um lado, amapaenses miseráveis e famintos se arriscam nas travessias ilegais na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa na ânsia de conseguirem uma vida melhor para si e seus familiares; paraenses, também miseráveis e famintos seguem o mesmo caminho de seus irmãos territoriais. De outro lado, policiais franceses tentam desesperadamente evitar a invasão de seu território, prevenindo a prostituição, crimes e trabalho escravo, provocados pela presença dos brasileiros ilegais.
Nessa perspectiva, o problema parece simples e de fácil solução, ou seja, a implantação de uma fiscalização mais intensa na fronteira e políticas públicas sociais sérias, nos Estados do Amapá e Pará, a fim de minimizar o alto índice de desemprego e miséria existentes.
Porém, as medidas acima citadas são, na verdade, de quase impossível prática, senão vejamos:
1. A fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa é extensa, carecendo – no mínimo – do dobro do efetivo de policiais e\ou fiscais ali existentes. Nosso exército mantém, no município de Oiapoque, um insipiente efetivo de recrutas sem a mínima estrutura para enfrentar um problema de tal envergadura.
2. O Amapá está entre os Estados mais corruptos do nosso decadente país. Nossas políticas públicas são mínimas e de caráter assistencialista e eleitoreiro, produzindo uma dependência doente de grande parte da população em relação aos políticos oportunistas (currais eleitorais).
3. O Pará, verdadeiro representante do trabalho escravo e infantil no país, possui um poder público surdo, cego e mudo para as atrocidades cometidas contra seus cidadãos e meio ambiente (vide garimpos e madeireiras).
4. O Brasil, como um todo, é o país mais “bonzinho” com estrangeiros legais ou ilegais; porém o tratamento de outras nações em relação a brasileiros, legais ou não, sempre foi muito mais duro do que o dispensado pelo Brasil aos estrangeiros (somos puxa-sacos de gringos).
Nesse emaranhado de realidades e fatos fica muito difícil resolver o problema dos brasileiros nas Guianas.
Recentemente, uma comissão de Deputados Estaduais do Amapá esteve no município de Oiapoque a fim de verificar a real situação dos amapaenses que ali vivem, nesse sentido, o observado foi o óbvio e ululante, ou seja: a prostituição, a miséria, o câmbio negro, o tráfico de mulheres e drogas, e demais mazelas sociais.
Nossa bancada federal, em relação a essa realidade, apresenta-se infértil e insipiente.
No meio político como um todo, muitos discursos inflamados e quase nenhuma ação efetiva e funcional. Estudos, pesquisas e relatórios, são muitos; precisamos, porém, é de soluções!
Na verdade temos dois Estados cancerosos em um país aidético e com Mal de Alzheimer!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ÉTICA NA PESQUISA APLICADOS NA POLÍTICA BRASILEIRA

www.juniao.com.br/.../archives/charge_etica.jpg

Mesmo que a história nos mostre ser utópico o pensamento de se aplicar princípios éticos na deturpada política brasileira, nossa moral – em seus recônditos – ainda clama por uma chance de se impor frente ao ululante desrespeito social.
Nessa esperança contemplamos a pureza dos princípios já citados, que se aplicados à política, encontraríamos os seguintes exemplos:
1. Políticos e gestores preocupados exclusivamente em praticar a beneficência (dever de fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não). Nesse contexto, não podemos confundir este princípio com benevolência (simplesmente desejar o bem, não estando implícita a sua prática), ou benemerência (apenas merecer o bem).
2. Políticos e gestores preocupados em ser justos, além de aplicarem a justiça que a eles compete. Nesse sentido, devemos compreender que a justiça é um princípio moral, enquanto que o direito é a realização desse princípio no convívio social.
3. Políticos e gestores imbuídos na prática do respeito à pessoa humana, respeitando sua privacidade e autonomia, além de aplicar a veracidade no trato social.
Como seria melhor nossa existência se estes senhores aplicassem os princípios aqui referidos (beneficência, justiça e respeito à pessoa humana)!
Porém, ao contrário dessa utopia, vemos – cada vez mais perplexos – a insensibilidade dos mesmos para conosco. Na tentativa de escoimar a gerência da coisa pública, escolhemos livremente – ou assim o pensamos – cidadãos que, em seus garbosos discursos, prometem verdadeiros milagres para nossos seculares problemas; porém, com a simples assunção do cargo, esses mesmos milagreiros conseguem promover mais desatinos que seus antecessores.
A fábrica de políticos, incrementada por insumos oriundos da classe empresarial, cresce a cada dia – as figuras, em vez de serem substituídas, são apenas recolocadas em outras posições ou cargos, para novamente praticarem seus desmandos.
Falando no princípio da justiça, onde encontramos a visão da justiça distributiva – segundo a qual podemos tratar a questão como simplesmente “distribuição justa” ou “o que é merecido” –, vemos a insipiente ação daqueles que deveriam primar por tal princípio em detrimento do dito exercício da cidadania.
Uma injustiça ocorre quando um benefício que uma pessoa merece é negado sem uma boa razão ou quando algum encargo lhe é imposto indevidamente ou abusivamente. Nesse sentido, nosso país está repleto de injustiças! Quantas e quantas vezes nossos cidadãos vêem-se privados de seus benefícios (direitos – que segundo a lei, constituem obrigações do Estado)? Que justiça é essa que nos obriga a pagar abusivamente infindáveis impostos?
Outra maneira de se conceber o princípio da justiça é entender que os iguais devem ser tratados igualmente. Porém, em tal contexto, deve-se responder ao seguinte questionamento: “- Quem é igual e quem não é igual?”. Nesse sentido, devemos assim refletir: a cada pessoa uma parte igual, a cada pessoa de acordo com a sua necessidade, a cada pessoa de acordo com o seu esforço individual, a cada pessoa de acordo com a sua contribuição à sociedade, e a cada pessoa de acordo com o seu mérito.
O importante é percebermos que, em se tratando do Brasil, nenhuma forma de reflexão é praticada. Ninguém recebe – mesmo com nível acadêmico igual – partes iguais; aqueles que menos precisam – até porque tem demais – são os que mais recebem; os que menos trabalham são os que mais ganham; os que mais provocam prejuízos à sociedade são os mais beneficiados com regalias e benesses; e finalmente, os que mais mérito possuem são os menos lembrados nas recompensas.
Diante disso, é forçoso se declarar que “o desenvolvimento da política brasileira é inversamente proporcional ao da ética na pesquisa”.